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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LECY SOUSA
( Brasil – Minas Gerais )

 

Graduados em Processos Gerenciais e Licenciado em Letras.
Participou da fundação da Academia Contagense de Letras – ACL.
Participou dos projetos Pão e Poesia cariado pelo poeta Diovai Mendonça, em Contagem e do Belô Poético criado pelos poetas Rogério Salgado e Virgilene Araújo, em Belo Horizonte – MG.
Publicou três livros de poesia até o momento: Primeirapessoaplural (2008), Rascunhos  (2015) e Poesia fora da curva (2017).

https://www.youtube.com/c/LecyPereiraSousa

 

CENA poética 8 , incluindo contos.   Editor: Rogério Salgado.  Belo horizonte, MG:  RS Edições & Baroni Edições, 2022.   200 p.  14 x 21 cm                                                           Ex. bibl. Antonio Miranda



FLUXO POEMA

 

Não quer o doce/Não quer o sal/Não quer o são/Não
quer a dor/Não quer a flor/
Não quer a mão/Não quer o pé/Não quer a alegria/Não
quer ser triste/Não quer o morno/Não quer o insosso/
Não quer o sol/Não quer a noite/Não quer o crepúsculo/
Não quer a paz/Não quer o rios/Não quer o choro/
Não quer o beijo/Não quero abandono/Não quer ficar/
Não quer casar/Não quer solidão/Não quer a festa/ Não
quer o silêncio/Não quer interagir/Não quer o sexo/
Não quer dormir/Não quer acordar/Não quer viver/Não
quer morrer/Não quer andar/Não quer parar/Não quer
comer/Não quer doar/Não quer receber/Não quer ter/
Não quer férias/Não quer trabalhar/Não quer dançar/
Não quer prato feito/Não quer nada/NÃO QUER
NADA/NÃO QUER NADA/NÃO QUER NADA/O
mundo é uma sequência de TNT/TNT/TNT/TNT/De impulso a impulso a Marte se vai/Não se vai ao centro da Terra/Nem ao centro de cada um/Essas são viagens
outras/Desconhecidas aos olhos de uma preguiça eterna que reside abaixo do couro cabeludo/Esse não é um
poema calculado/MAIS é um poema que não se decifra
diante das cifras/Diante do status de quem pode, fode/
Liberdade é a que nascerá.


Fí-lo poesia

Pra que o nó
Pra quem não quer o nó?
Pra quem só quer só nós?
Na Divertilândia
No mundo que mal me quer bem
Somos arquitetos
Arquitetos no mundo
Pelos arquitetos
Arquitetos do mundo
Nem sei o que sei
Nem bem sei quem serei
Ou não serei ao certo.

 

Fases

Dá-me um futuro parnasiano
Que te dou um presente distópico

Olhai para essa tarde mascarada
Ante uma juventude massacrada

Como a lua ousa viver de fases
Vivemos imersos em frases malfeitas

Nalgum canto do Cântico dos Cânticos
Há descrito intenso amor inaudito

Duas pupilas passeiam nuas
Sondando corações desesperados

Busca insana por emoção telúrica
Quando ao lado voa dente-de-leão
Ontem lua cheia após sol gelado
Hoje sua mão sonha meu corpo.

 

 

*

 

VEJA e LEIA outros poetas de MINAS GERAIS em nosso Portal:

 

http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html

 

Página publicada em outubro de 2022


 

 

 
 
 
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